O homem identificado como Wellington Douglas de Sousa Sena que morreu em um confronto com a Polícia Militar do Piauí, na última segunda-feira (24 de junho de 2024), em Teresina, era investigado por participação no duplo homicídio dos primos Alan Carlos Silva Rabelo e Roniel Sousa, mortos a tiros em 4 de dezembro de 2023, no Rodoanel de Teresina. Ambos eram da localidade Buenos Aires, zona rural de Miguel Alves, trabalhavam na Capital piauiense e foram assassinados por engano.
Wellington, morto na última segunda-feira, estava em um carro na companhia de Marcos Rafael da Silva Oliveira e Samuel Ferreira Fidalgo quando foram abordados por uma equipe tática do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (Bepi). O veículo não obedeceu ao pedido de parada, iniciando uma perseguição no Planalto Uruguai, na Zona Leste de Teresina que terminou com troca de tiros no bairro Satélite.
Segundo o delegado Bruno Ursulino, que preside o inquérito sobre a morte dos primos Alan e Roniel, Wellington teve uma participação ativa tanto na captura das vítimas no bairro Dom Avelar quanto na execução delas no Rodoanel de Teresina.
Além de Wellington Douglas que era procurado, a polícia prendeu outras cinco pessoas pelo crime: Reidiomar de Lima; Francisco das Chagas, conhecido como Barriga, apontado como mandante e um dos executores do crime foi preso na casa de familiares na localidade Marajá, na região do Povoado Divinópolis, zona rural de União. Também foram presos João Victor da Silva, vulgo Negreti; Jailson Ferreira da Silva; e Antônio Jesus Alves. Um homem ainda está sendo procurado.
Relembre o caso
Os primos Alan Carlos Silva Rabelo e Roniel Souza foram assassinados no Rodoanel de Teresina no dia 4 de dezembro de 2023. As vítimas foram capturadas no bairro Dom Avelar, na Zona Leste de Teresina, torturadas e executadas, supostamente, por membros de uma facção. Elas foram abordadas ao passar por uma rua onde estava ocorrendo uma festa, tiveram seus celulares confiscados pelos criminosos e foram levadas para um matagal para serem mortas.
Segundo a perícia, os dois foram obrigados a deitar de bruços no chão e executados com tiros nas costas e na nuca. “Um deles foi morto com dois tiros na nuca. O outro foi atingido por dois tiros nas costas, um dos quais transfixou o corpo da vítima”, detalhou o delegado.
A investigação, com o depoimento dos acusados, constatou que os jovens de Miguel Alves foram mortos por engano, por terem sido confundidos com participantes de uma gangue rival do grupo criminosos que os acusados fazem parte.
A motocicleta de Alan Carlos Silva Rabelo, usada pelas vítimas no dia do crime, foi vendida pelos executores. Após o crime, a motocicleta permaneceu sob a guarda da facção na Zona Leste de Teresina e, no dia seguinte, foi levada para a Zona Sul de Teresina e negociada por R$ 1.500,00.
Fonte: Com informações do cidadeverde.com