A Justiça mandou soltar o influenciador Itallo Bruno Nunes e Silva, de 24 anos, suspeito de lavar dinheiro do tráfico com venda de rifas no Instagram, nesta segunda-feira (22). A informação foi confirmada pelo advogado do suspeito, Lucas Villa, segundo ele a mãe, o pai e a irmão do influenciador também foram soltos.
A Secretaria Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Civil, vai apresentar nesta terça-feira (23) o resultado da investigação sobre o caso do influenciador Ítallo Bruno, preso no dia 11 deste mês, em Teresina, durante a “Operação Jogo Sujo”.
Durante a operação, a polícia realizou a prisão do suspeito e mais 10 pessoas, além da apreensão de 21 veículos, entre carros e motos. Veículos de luxo como um carro Porsche, Audi e motocicletas BMW foram apreendidos na ação.
Conta derrubada
O Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) derrubou, na terça-feira (16), a conta do influenciador na rede social. O jovem possuia 735 mil seguidores.
Segundo a PC, o jovem utilizava o Instagram para realização de rifas ilegais, além da suspeita de lavagem de dinheiro e a participação em organização criminosa.
Pensando nisso, a Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) solicitou à Central de Inquéritos de Teresina, a desativação da rede social.
O caso Itallo Bruno foi mostrado em reportagem do Fantástico, no domingo (14). O programa mostrou como o influenciador, que fez fortuna ao fazer propostas como obter a casa própria por menos de R$ 1, comprou uma casa de R$ 1 milhão.
A casa no condomínio de luxo, comprada há três meses, foi paga com R$ 400 mil em dinheiro vivo e dois PIX de R$ 300 mil, segundo a polícia.
Conforme a investigação, a suspeita é que o jovem lavava dinheiro para uma organização criminosa enquanto ofertava rifas baratas para prêmios muito caros.
Rápida ascensão financeira
Há cerca de um ano e meio, Itallo atuava como motoboy. Ele começou a ganhar fama com vídeos na internet, como de manobras radicais com motos, e passou a promover a venda dessas rifas.
Os investigadores dizem que, apenas nos últimos seis meses, ele movimentou R$ 5 milhões, gastos principalmente com luxo e ostentação. “Em quase um ano, conseguiu levantar esse patrimônio apenas com rifas de lote de R$ 0,20. Isso é muito estranho”, afirmou o delegado Humberto Mácola.
Fonte: G1 Piauí