A partir do dia 1º de abril, os medicamentos nas farmácias do Piauí sofrerão reajuste de pelo menos 4,5%.
“Todo dia 1º de abril é um reajuste dos preços dos medicamentos. Este ano nós temos 4,5% como teto, pode ser que alguns laboratórios não cheguem ao teto, mas a maioria chega”, destacou o presidente do Sindicato das Farmácias do Piauí, Francisco Lopes.
Um dos quesitos considerados pela Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) no cálculo do teto do reajuste dos medicamentos é o frete do produto.
O presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logísticas do Piauí (Sindicapi), Humberto Lopes, explica que esse frete é cobrado de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e desde o dia 16 de março, uma resolução impõe novas regras para o setor de transporte rodoviário de produtos farmacêuticos.
“Na coleta à entrega, ele tem que vir em caminhão específico, refrigerado; ele tem o medidor da temperatura para cada medicamento. A transportadora tem que ter o depósito apropriado, refrigerado para aquele medicamento. Aquele medicamento não pode sofrer avarias, ou seja, não pode rasgar porque se houver algum problema, ele tem que devolver de imediato. A mercadoria tem que ser numerada, datada, número do lote, tem que ter tudo da nota fiscal”, diz.
Ainda de acordo com o Sindicapi, o Piauí tem quatro empresas que abastecem o estado, número considerado pequeno e que pode ficar ainda menor. Humberto Lopes acredita que o percentual do reajuste pode ser maior que 4,5%.
“Esse reajuste é anual e poderá ser até maior porque a oferta de transportadoras para fazer esse trabalho é muito pouca. Então com isso, eleva o preço do frete, consequentemente, da mercadoria”, acrescentou o presidente.
DICA DE ECONOMIA
Já a farmacêutica unionense, Leila Oliveira, acrescenta que comprar remédios genéricos pode ser uma opção para não gastar mais com o reajuste.
“Todos os anos no começo do mês de abril os medicamentos sofrem esse reajuste , que é justificado pela necessidade de oferecer segurança e qualidade no transporte, armazenamento e dispensação dos medicamentos que saem da industria para as distribuidoras e posteriormente para as farmácias e drogarias. Como farmacêutica o que sempre recomendo aos meus clientes/pacientes é que optem por medicamentos genéricos visto que são feitos justamente para caber no bolso do consumidor final e possuem a mesma qualidade e eficácia dos de referência que são os que diretamente devem ficar mais caros”, finalizou Leila Oliveira.
“Qual é a dica que eu sempre deixo? Este é o momento ideal para você procurar um medicamento genérico, um similar de outro laboratório, porque você vai ter um reajuste de 4,5%, mas você pode conseguir um genérico que lhe dê até 30% de desconto”, complementou Francisco Lopes.
Com informações da TV Cidade Verde