A quantidade de bebês que chegam ao mundo sem o registro do nome do pai apresentou crescimento no Piauí nos últimos cinco anos, segundo um levantamento realizado pelo Portal O Dia junto aos dados da transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN Brasil).
De 1º de janeiro a 20 de agosto deste ano, 24.581 crianças nasceram e foram registradas no Piauí. Desse total, 2.056 não possuem o nome do pai na certidão, o que representa que 8,36% das crianças registradas não têm o nome do pai. Ou seja, a cada 100 nascidos no estado, 8 tem pais ausentes. A média do estado é superior a registrada no Brasil, que foi de 6,84%, e da região Nordeste, que ficou em 6%
No mesmo período do ano passado, foram 26.793 bebês registrados, sendo que em 1.930 deles não constava o nome do pai. O crescimento de um ano para outro foi de 6,53%. No entanto, o salto é muito maior quando comparado os números dos últimos cinco ano.
Entre 2018 e 2019, número de registros aumentou em 19.91%. Por outro lado, a falta do reconhecimento de paternidade cresceu 103,36%. Ao longo de cinco, portanto, dos 225.440 nascidos, 14.891 não tiveram o pai presente.
ACOMPANHE O CRESCIMENTO
2023
Registros: 24.581
Pais ausentes: 2.056
2022
Registros: 26.793
Pais ausentes: 1.930
2021
Registros: 28.264
Pais ausentes: 1.822
2020
Registros: 24.786
Pais ausentes: 1.617
2019
Registros: 29.559
Pais ausentes: 1.819
2018
Registros: 20.500
Pais ausentes: 1.011
RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE
O reconhecimento da paternidade é uma das ações que a Defensoria Pública do Estado do Piauí tem ampliado no estado. No último sábado (19), aconteceu simultaneamente nos municípios de Teresina, Picos, Floriano e Ilha Grande a campanha nacional “Meu Pai tem Nome – Dia D da Defensoria”.
A campanha que tem como objetivo a mediação de conflitos e reconhecimento de paternidade disponibilizou somente em Teresina 13 salas para os procedimentos. Para a defensora pública geral do Piauí, Carla Yáscar Belchior, a medida tem consequências a garantia dos direitos dos filhos.
“Essa foi mais uma oportunidade para a Defensoria promover dignidade e cidadania a partir do reconhecimento de paternidade, pois, a partir disso são feitos os acordos em relação a guarda, pensão alimentícia e outros direitos advindos desse reconhecimento”, explicou.
EM UNIÃO
Em dados analisados pelo Portal Clique União, de agosto do ano de 2023 a agosto deste ano 2024, em União, 444 crianças nasceram e 34 foram registradas sem o nome do pai.
De janeiro de 2023 a agosto de 2023, 429 nascimentos foram registrados, sendo 45 com pai ausente.
Desde janeiro deste ano 2024, dos 169 nascidos,15 possuem pais ausentes. Neste período, não houve nenhum pedido de reconhecimento de paternidade no município.
De 2022 a agosto de 2024
1.669 nascimentos e 146 crianças sem nome do pai no registro de nascimento.
EM MIGUEL ALVES
De agosto do ano de 2023 a agosto deste ano 2024, em Miguel Alves, 472 crianças nasceram e 17 foram registradas sem o nome do pai.
De janeiro de 2023 a agosto de 2023, 232 nascimentos foram registrados, sendo 13 com pai ausente.
Desde janeiro deste ano 2024, dos 266 nascidos, 12 possuem pais ausentes. Neste período, não houve nenhum pedido de reconhecimento de paternidade no município.
Informações: Portal O Dia / Edição: Portal Clique União