No dia 08 de abril, deste ano, a Polícia Civil do Estado do Piauí prendeu preventivamente Josimar Antônio Costa, de 45 anos, e Jhonata Araújo Costa, 22 anos, investigados pelo crime de Homicídio Qualificado ocorrido no dia 21/03/2024, por volta de 15:00, na PI 112, na localidade Soares, após uma briga de trânsito com a vítima, a qual foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça, vindo a óbito ainda no local. Os dois acusados foram soltos no dia 04 de maio e respondem ao processo em liberdade [informação corrigida].
Segundo apurou o Portal GP1, os dois acusados afirmaram que o caso teve início com uma discussão no trânsito e Jhonata foi o autor do disparo que vitimou o caminheiro Valdenilson Sousa de Oliveira, de 39 anos.
O que disse Jonathan
Jonathan Araújo Costa contou que saiu de União no sentido Teresina com o tio em uma S10. Enquanto viajavam, segundo o acusado, a vítima vinha atrás e passou a buzinar e “jogar a luz” e que pediu para Josimar parar para saber o motivo. Conforme Jonathan, assim que Josimar desembarcou, a vítima passou a xingá-lo e apontou uma arma na cara dele, afirmando que seu tio “ia morrer agora!”. Josimar então deitou no chão, momento em que, segundo Jonathan, lembrou da arma que seu tio tinha no porta-luvas do carro e pegou-a com a intenção de defender seu tio.
O acusado disse que, ao sair do veículo com a arma, Valdenilson apontou uma arma para ele e que nesse momento realizou apenas um disparo, sem mirar, e que ficou nervoso e em choque, pois pensava que a vítima ia matar seu tio.
O que disse Josimar
Em sua oitiva, Josimar Antônio Costa respondeu que chegando na [entrada] localidade Volta dos Cadetes, onde tem uma estrada carroçal, acredita que seu carro jogou terra ou pedras no carro da vítima que passou a buzinar e fazer sinal de luz. Logo, Jonathan pediu para pararem para conversar para ver o que tinha acontecido e que quando se aproximou da porta do carro da vítima já se deparou com a arma no seu rosto. Josimar afirmou que foi xingado e ameaçado de morte pela vítima; que deitou no chão e ouviu um disparo. Ao se levantar, viu que a vítima tinha sido baleada pelo seu sobrinho. Ele ainda garantiu que não trancou o veículo da vítima e que após constatar que a vítima havia morrido, chamou o Jonathan para ir embora.
Conclusão
O delegado de União, Natan Cardoso, ressaltou no relatório que deixou de apresentar pela convenção das Prisões Temporárias em Preventivas, por entender que não existem mais os motivos para a manutenção, tendo em vista que os investigados se apresentaram espontaneamente e colaboraram com as investigações; apresentam a ocupação lícita em endereço fixo e não possuem condenações criminais ou processos em curso em seu desfavor.
Por fim, o delegado reconheceu que durante a instrução a possibilidade de reconhecimento do instituto de legítima defesa legítima e opinou pela concessão da liberdade provisória com a aplicação de medidas cautelares.