A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, nesta quinta-feira (10), oito casos de Febre Oropouche no estado do Piauí, sendo três em Teresina e cinco em Amarante.
Os casos foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga. De acordo com a Coordenação de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), os pacientes foram atendidos em Unidades de Saúde dos municípios com suspeita de dengue.
Ainda de acordo com a Sesapi, 6 pacientes possuem entre 20 e 59 anos e dois estão na faixa etária de 60 anos ou mais.
“Os exames foram coletados e encaminhados ao Lacen, que descartou as arboviroses dengue, zyka e chikungunya, então foram submetidos a testagem para (RT- PCR-) Biologia Molecular, e foram confirmados para Febre Ouropuche”, explica Amélia Costa, coordenadora de Epidemiologia da Sesapi.
Com a confirmação dos dados, a Sesapi orientou os municípios quanto a vigilância epidemiológica. Entre as orientações, investigação dos casos e identificação dos possíveis locais de infecção, notificação na (Ficha de notificação/conclusão do SINAN), evolução clínica (sintomas, recidiva, evolução do caso); descrever a distribuição e dispersão do vírus, além de detectar a ocorrência de surtos e epidemias.
A doença tem sintomas parecidos com os da dengue e da chikungunya e é transmitida, geralmente, pelo mosquito maruim. Ela pode causar dor de cabeça, muscular, nas articulações, náusea e diarreia.
Febre Oropouche
O Ministério da Saúde informa que a Febre Oropouche pode ser transmitida não só pelo mosquito maruim (Culicoides paraenses), mas em casos mais raros, também por um tipo de muriçoca encontrada em ambientes urbanos, o Culex quinquefasciatus. Após picar uma pessoa ou animal infectado pelo vírus, o mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir a Febre.
Ainda conforme o Ministério, não existe um tratamento específico. Os pacientes devem ficar em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Recomendações das autoridades de saúde:
- evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
- usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;
- manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;
- seguir as recomendações das autoridades locais de saúde.
Fonte: G1