Nos últimos dias, alguns usuários do aplicativo bancário “Caixa Tem”, em União, têm relatado que o dinheiro sumiu do aplicativo sem que tivessem feito qualquer transação bancária. Pelo menos, três pessoas registraram o caso na Delegacia de União. O relato comum é que o dinheiro de algum benefício foi creditado normalmente e, em seguida, transferido via Pix para a conta de uma pessoa desconhecida. O nome do destinatário varia a cada transferência.
Neuma Alves relatou que o valor do Programa Bolsa Família apareceu em seu aplicativo mas, ao tentar realizar o saque em um caixa eletrônico, descobriu que o saldo estava zerado e que todo o valor havia sido transferido via Pix para uma pessoa chamada Cesar Felix Soares; a qual ela não conhece. Neuma começou a divulgar o caso nas redes sociais, e várias outras pessoas relataram estar passando pela mesma situação.
Outra usuária do aplicativo informou que R$ 700,00 sumiu do seu aplicativo após uma transferência via Pix realizada na última quarta-feira, 21, às 5h da manhã, para um indivíduo chamado Erick Carlos Ferreira da Silva, que ela afirma não conhecer.
Também, no mesmo dia e mesmo horário, os bandidos fizeram outra vítima em União. Valéria Silva conta que, na quarta-feira, 21, às 5h da manhã, teve seu dinheiro transferido sem seu conhecimento ou autorização. A mulher, que recebe o Bolsa Família pelo aplicativo Caixa Tem, constatou que o valor foi transferido via Pix para Gabriel Freitas Stremel, um nome que ela não reconhece e o qual afirma não ter feito a transferência.
As vítimas que procuraram a Agência Caixa, em União, foram orientadas a registrarem um Boletim de Ocorrência e aguardam uma análise para um possível ressarcimento por parte do Banco.
Em Nota ao Clique União, a Caixa Econômica Federal informou que o cliente pode contestar as transações que achar estranhas e que as informações são repassadas para a Polícia Federal. O banco informou, ainda, algumas dicas de segurança. Confira, abaixo, a Nota na íntegra.
NOTA:
O banco esclarece que, em caso de movimentação não reconhecida pelo cliente, é possível realizar pedido de contestação em uma das agências, portando CPF e documento de identificação. As contestações são analisadas, de forma individualizada e considerando os detalhes de cada caso e, para os casos considerados procedentes, o valor é ressarcido ao cliente.
Destacamos, os cuidados a serem tomados:
A CAIXA não envia SMS com link e só envia e-mails se o cliente autorizar.
Não forneça senhas ou outros dados de acesso em outros sites ou aplicativos.
O cliente deve estar sempre atento a qualquer atividade e situação não usual e, principalmente, não clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou redes sociais para acesso a contas e valores a receber.
Desconfie de informações sensacionalistas e de “oportunidades imperdíveis”.
Links suspeitos podem levar à instalação de programas espiões, que podem ficar ocultos no celular ou computador, coletando informações de navegação e dados do usuário.
Utilizar sempre navegadores e softwares de antivírus atualizados.
A CAIXA jamais pede senha e assinatura eletrônica numa mesma página, sendo a assinatura digitada somente por meio da imagem do teclado virtual.
Senhas e cartões são pessoais e intransferíveis. Senhas bancárias não devem estar disponíveis em aparelhos celulares ou computadores.
A CAIXA não realiza ligações telefônicas solicitando a instalação de aplicativos e orienta seus clientes que não insiram usuário ou senha de acesso em sites e aplicativos que não sejam desenvolvidos pela CAIXA. É importante observar que todos os aplicativos da CAIXA disponíveis nas lojas do sistema Android, iOS e Windows Phone possuem como desenvolvedor a Caixa Econômica Federal.
A CAIXA informa que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes e as informações de suspeitas de fraudes e golpes são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes, para análise e investigação.
O banco ressalta ainda que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.