Pelo menos nove mulheres que trabalharam para o Município de União – gestantes na época – como celetistas brigam na justiça para terem o direito da estabilidade temporária reconhecido. Elas ganharam uma liminar na Justiça, mas a Prefeitura estaria se recusando a receber a ordem.
As mulheres trabalhavam para o Município de União através de um seletivo realizado na gestão do Prefeito Paulo Henrique (PSD). Em 2021, quando o atual prefeito, Gustavo Medeiros (DEM), assumiu a gestão, elas passaram a ficar sem receber salário. Por estarem grávidas e entenderem que, por lei, têm direito à estabilidade temporária até cinco meses depois do parto, as gestantes entraram na Justiça.
Em abril deste ano, o Judiciário expediu uma liminar para que o Município de União reintegrasse as funcionárias e pagasse os meses devidos. Passados sete meses da decisão, a Prefeitura nunca fez o pagamento de nenhum salário.
De acordo com a advogada Heloisa Hommerding, que representa um grupo de nove trabalhadoras, o Município tem se esquivado de receber a decisão judicial.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de União através da Secretária Municipal de Administração, Verlanny Vianna, mas ela ignorou as mensagens e não atendeu as nossas ligações. O Prefeito Gustavo Medeiros não recebeu as mensagens enviadas pelo Clique União.
O Clique União já tinha relatado a situação no início deste ano. Na ocasião, a Prefeitura informou que havia um problema com o contrato das mulheres que não tinha segurança jurídica para realizar o pagamento.